Polêmico para todos os tempos.
Tudo é denso, tudo é Dostoievski,
com sua visão trágica da existência e da sociedade.
"De gente burra só quero as vaias", dizia.
Escrevia sobre o amor e a complexidade do ser humano.
Um ser complexo com suas tragédias próprias,
perdas e mais perdas,
até uma filha cega teve.
Foi repórter de polícia aos 13 anos,
viu um delegado chutar uma mulher,
por ser negra e grávida.
Se deparou com a desgraça muitas vezes.
E, de cigarro em cigarro, a trouxe para suas crônicas e personagens.
Dizia, "toda mulher bonita é um pouco namorada lésbica de si mesma".
A caneta em suas mãos era mais mortal do que uma luger.
Caía como a morte sobre o moralismo.
Se dizia ex-covarde, mas para escrever o que escreveu,
haja coragem.
A hipocrisia burguesa era seu foco de dramaturgo.
O que diria das feministas hoje?
Um homem que disse: "Nem todas as mulheres gostam de apanhar, só as normais. As neuróticas reagem".
Seria queimado vivo em praça pública em pleno século XXI.
Chocou multidões,
mas foi lido,
foi assistido. E muito.
Pela população que o queria queimá-lo.
Marcá-lo com a letra escarlate.
A multidão que ainda o lê.
Vá entender!
Essa é a vida. A vida como ela é.
Stefan
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