domingo, 14 de maio de 2017

A vida sem literatura é vazia


É de se admirar as pessoas que notam um ipê em seu auge, algumas até tiram fotos.
A natureza faz um belo trabalho com as flores e as pétalas que deixam no asfalto.

Admiro as pessoas que contemplam o céu, as estrelas e a lua.
Em cidades grandes é cada vez mais difícil uma contemplação na selva de pedra, no mar de tecnologia e fios de tensão.

Aplaudo os que reservam um tempo para um filme mais reflexivo e sem uma série de explosões a cada segundo como recurso de prender a atenção.

Venero quem lê, pois a leitura afasta o indivíduo da ignorância. Olhar letrinhas em uma página é castigo para muitos, quase um insulto aos ignorantes.
Como diria Nelson Rodrigues: "De gente burra só quero vaias".

Não dá pra avaliar por baixo. Um país SUB será sempre SUBdesenvolvido sem a cultura da leitura.

A poesia é o despertar da sensibilidade da alma. A arte literária é a estética do texto somada a emoção que arremata o leitor no início, meio e fim.



Se a natureza faz um belo espetáculo diariamente, assim como os animais e seus instintos, o ser humano também é parte de tudo. Nos livros, na música, na interpretação cênica, ou na simples capacidade de se emocionar com a vida. Ele aqui está.

A literatura se faz presente nas pequenas coisas desde os diálogos, até na grandiosidade dos romances. E talvez, ela tem salvado o mundo. Agindo na história, na memória e nas representações. Salvando o mundo dos ignorantes, dos gananciosos que desmatam e matam, oposição feroz aos que destroem e nada constroem. Dos que a ignoram e não a percebem.
Hitler não percebeu a literatura quando uma garotinha lhe entregou uma flor. Apenas fingiu. Se percebesse, a história talvez seria outra.
E parafraseando Raul Seixas: no início, no fim e no meio está você!

Stefan


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