quinta-feira, 4 de maio de 2017

Queluz - um nome!


Com todo respeito ao jurista que dá nome à minha cidade, Lafayette Rodrigues Pereira, mas Queluz era um nome lindo.
Vila Real de Queluz, mais precisamente, foi o nome do município, criado em 1790.
Lembro de minhas conversas com o saudoso museólogo, Antônio Perdigão, na época da faculdade. Ele dizia que no passado as correspondências eram trocadas entre a Queluz de Minas e a Queluz paulista. Uma confusão danada.
E assim, em 1934 Queluz virou Lafayette, Conselheiro Lafaiete. Até o Lafaiete sofreu mudanças.
Confesso, prefiro a poesia, simplicidade e riqueza do nome Queluz. Inclusive, a praça mais bela da cidade mantém o nome Queluz, Praça Barão de Queluz. As famosas violas de Queluz, símbolos de um tempo.
Gostaria que a cidade respirasse mais cultura e história, mas é fato que muita coisa se perdeu.
Descasos e omissões de administrações passadas com o patrimônio, que muito perdeu de sua história. Assim como em vários municípios brasileiros que crescem desenfreadamente e sem planejamento. Lafaiete não foge a regra.
Analisando fotos do passado, que sobreviveram ao tempo graças a muitos moradores cuidadosos, é notável as mudanças e descaracterizações. Casarões perdidos, alguns em total desmanche no centro da cidade.
Mas, ainda há belezas naturais. Ipês que florescem no meio de algumas casas que carregam suas histórias e ainda sobrevivem.
Moradores que carregam a poesia, a música e a arte em suas almas queluzianas.
Queluz, você ainda vive no coração de muitos.

Stefan

Um comentário:

  1. Um país sem cultura é um país sem memória, sem história e sem estórias.

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