Donato, o bom vivant para muitos,
mas que não sabia seu limite.
Quem vive a 200 km por hora não sabe desacelerar,
tem que ganhar sempre, se acostuma com os louros individuais e falsos.
E quando não se dá bem, arranja um jeito de prejudicar alguém.
Vaidoso com seu terno,
passando por cima dos outros, com seu sorriso malicioso.
Uma fachada para o mal,
o ser humano e sua ganância maior que a ambição.
A ambição é natural, todos querem crescer,
mas a ganância é gula.
É inveja que se transforma em ira,
é preguiça do esforço justo,
é soberba desmedida,
é luxúria que não alcança o prazer,
é avareza que se perde com os anos junto com a riqueza que também se vai.
Assim foi Donato,
fez de tudo para se promover.
Falsas amizades, lambeu o chão de todos os seus superiores,
se fez de bom moço, deu conselhos aos desavisados,
criou intrigas, traiu seus próximos,
e subiu, subiu, subiu...
Um dia estava no topo,
e quando se viu no espelho pensou que era um deus.
Mas, no mesmo instante se fartou.
Queria mais e não tinha o mais.
Olhou novamente no espelho e se fartou de si mesmo.
Nem Donato se aguentava mais.
Estava farto, cheio, rico.
Olhou para trás e percebeu que não tinha mais ninguém,
nem a si mesmo.
Stefan
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