segunda-feira, 27 de março de 2017

Procriando e trazendo maus exemplos ao mundo


A velha máxima "O seu direito acaba onde começa o dos outros" é algo a ser praticado no cotidiano, pois infelizmente a coisa mais difícil é seguir esta regra.

Talvez poderiam acrescentar esta frase aos 10 Mandamentos, pois se torna algo extremamente árduo de se aplicar na prática. O convívio humano tem se tornado cada vez mais difícil porque pessoas se acham melhores do que outras e simplesmente ignoram regras básicas. Uma regra coletiva vale para todos menos para mim. Assim pensam.

E assim procriam, trazem ao mundo seres tão desprezíveis como eles. Seres que aprenderão a ser folgados, que usarão a expressão "Dá um jeitinho pra mim?".
Penso que alguns indivíduos não deveriam, por exemplo, morar em apartamento. Não foram feitos para o equilíbrio que deve ser morar em um prédio. Não respeitam a lei do silêncio, mas são "politicamente corretos" e reclamam do governo. Mas, não conseguem ao menos evitar de perturbar o outro no dia a dia fazendo mudança dos móveis depois da meia noite ou incentivando seu filhinho ou sua filhinha a brincar de pique-pega altas horas. Que bonitinho!

E assim proliferam. Lançam mais seres desprezíveis, crianças que serão futuros corruptos, que irão disseminar mais falsas promessas, mas continuarão ganhando presentes porque foram "bons meninos".

E assim, com pequenas ações, levando a melhor de hora em hora, um dia serão investigados numa lava-jato da vida.

Com certeza, pelos valores que me foram passados desde que nasci, principalmente pela minha mãe, sempre tive o cuidado de não pisar no calo do outro em benefício próprio. Não quero dizer que sou perfeito, mas é uma característica que orgulho de ter. Talvez por isso, tenho monitorado minha moral em benefício da Ética a cada ano que passa, e acreditem, é complexo. Ninguém acerta sempre, mas monitorar as ações são necessárias para evitar entrar em uma alçada que não lhe diz respeito. Evitar passar para o espaço do outro. O Brasil e o mundo seriam bem melhores se a maioria das pessoas tivessem este hábito.

O "Foda-se" do Veríssimo e o "Vá pra puta que pariu" da Dercy aliviam muita coisa no dia a dia. Mas só servem como válvulas de escape.
A reflexão mesmo que deve ser feita é de Zygmunt Bauman. Ele diz que "A preocupação com a administração da vida parece distanciar o ser humano da reflexão moral".

Tem muita gente mais preocupada em pagar o boleto do cartão de crédito do que passar verdadeiros valores aos filhos.
Senhor Bauman, o aplaudo de pé!

Stefan

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