segunda-feira, 8 de maio de 2017

Cristo e datas mercadológicas


Todos somos alvos das datas comerciais e é quase heresia não fazer parte deste ciclo mercadológico alucinante.
Coelhinho da Páscoa que trazes pra mim.. um ovo, dois ovos, três ovos e Jesus já perdeu seu verdadeiro sentido no meio do chocolate.
O Natal, que simboliza o nascimento de Cristo, foi remodelado para atender certas necessidades. Primeiramente, Jesus não nasceu em dezembro. What?? Sério isso?
Sim, muito sério. A data real do nascimento de Cristo é uma incógnita. Há quem defenda que ele nasceu em abril, mas ninguém chegou a um dado comprovado cientificamente.
Trecho retirado de uma reportagem da Superinteressante: "Uma das hipóteses com maior número de defensores entre os estudiosos do tema sugere que, em algum momento do século 4, a Igreja fixou a comemoração no dia 25 de dezembro com a intenção de suplantar o antigo – e muito popular – festival pagão do Sol Invicto, que ocorria mais ou menos na mesma época do ano e era pretexto para comilanças homéricas".
Além de comilanças, presentes e mais presentes. E um velhinho carismático chamado Papai Noel surgiu depois. Mais um amiguinho para Jesus. Consumo e mais consumo a vista.
E nesta época tem sempre um carente nas empresas que dá ideia de amigo oculto. O Boticário adora essas pessoas. Haja sacolas de Hering, Cacau Show e Boticário neste período do ano. Haja abraços falsos nas empresas!
Mas o pior não é vender. O pior é se sentir obrigado a participar de algo.
O que não é espontâneo não tem valor. O pior é se sentir cobrado para atender protocolos sociais no meio destas datas mercadológicas.
O pior é o sentido vazio que reside em um presente e não em um abraço verdadeiro e em cartões prontos que o sujeito nem complementa com uma mensagem própria.
A memória desvirtuada que se perpetuou perde seu sentido no meio do turbilhão de ofertas.


Stefan


2 comentários:

  1. Amo dar presentes, mas em datas aleatórias. Odeio a obrigação de ter que dar algo a alguém.

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  2. É um bom método Daniella! Vai do coração.

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